Manifesto contra o chinelo

Pessoalmente, não é uma revista que aprecie muito, de quando em vez até tem umas matérias interessantes, mas como deixei de ser conumidora da edição em papel, falo apenas pelo que é publicado on-line. Não estou aqui para comentar a qualidade da revista, isso fica ao critério dos gostos de cada um. Contudo, encontrei uma crónica super engraçada, não me considerem fútil por entre tantas crónicas ter gostado especialmente desta, apenas partilho a opinião da autora, sobre o uso de chinelos, que já várias vezes tem sido alvo de alguns comentários, em conversas com amigas.
O facto é que cada vez mais vejo pessoas a calçar chinelos, até mesmo em situações mais formais e acho de um péssimo mau gosto. Não me vou adiantar mais, deixo-vos a crónica, que exprime bem a minha opinião.

MANIFESTO CONTRA O CHINELO

O chinelo apoderou-se dos pés de (mais?) de "meio mundo". Não há volta a dar. Com a chegada do sol ou, tão simplesmente, com a partida da chuva, o chinelo instala-se e permanece, não tarda até quase ao Natal...

Os fãs e habitués deste tipo de calçado que me perdoem, não se trata de uma embirração pessoal. Passo a explicar. Os chinelos são adequados para a praia, eventualmente para zonas de piscina e, além disso, para serem usados em privado.

Acontece que não é o que por aí se vai vendo... Homens e mulheres, jovens e menos jovens, com pés bonitos e arranjados ou nem tanto, em zonas urbanas ou não urbanas, "todos" caminham ostentando orgulhosamente os seus chinelos, como se de um calçado nobre se tratasse. Conforto, é a justificação. Nessa linha de raciocínio, andaríamos todos em pijama - afinal, há algo mais confortável?!

As organizações - empresas, instituições de ensino, entre muitas outras - parecem não querer impedir esta prática. Os nossos jovens habituam-se a frequentar as aulas de chinelos e, consequentemente, acham natural continuar a usá-los na sua vida profissional. As mulheres, de todas as idades e estatutos, encontram no chinelo algum encanto que eu jamais descobri... e, por vezes, até bem vestidas e arranjadas, lá vão revelando a sola do pé que, dependendo da hora do dia e dos locais por onde tenham andado, já está com uma apresentação pouco asseada. Tudo muito natural!

Também os homens já se renderam ao encanto do chinelo e lá vão andando, normalmente acompanhando-o de calção e t-shirt, também com o maior à-vontade.

Há chinelos e chinelos, dirão alguns. Não, um chinelo é sempre um chinelo, desculpem-me. Seja de borracha, pvc, corda, couro, palha, tecido, salto alto, cunha, sem salto, o chinelo não é um calçado apropriado para uma zona urbana, nem muito menos para um contexto profissional. Se não abdica de mostrar o pé, escolha uma sandália elegante. Se gosta de andar sem salto, escolha uma sabrina. Há sempre alternativas ao maldito chinelo!

Cristina Marques Fernandes
in revista Sábado.

Afinal há opções tão giras em vez do vulgar chinelo ...
xoxo  


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