O novo ar de Beyoncé Knowles

Depois de ter ficado com o cabelo preso numa ventoinha, durante um espetáculo, Beyoncé decidiu livrar-se das longas melenas de forma drástica. Para tal elegeu o pixie cut . Um corte  arriscado, eternizado na década de 60 por estrelas como Audrey Hepburn ou Twiggy, que tem vindo a ganhar várias fãs nos últimos anos, devido à sua frescura e baixa manutenção.



Emmanuelle Alt



Ainda no seguimento do post anterior, sobre o estilo de Isabel Marant, não há pessoa que melhor o ilustre fora das passerelles do que Emmanuelle Alt.

Emmanuelle é editora chefe da Vogue Paris desde 2011, ano em que sucedeu a Carine Roitfeld. Uma trendsetter discreta, cujo estilo parisian rock & roll chic não passa despercebido aos olhos de ninguém, que se tem tornado num dos alvos preferidos dos fotógrafos de street-style, durante as principais semanas da moda.

Skinny jeans, camisas largas, blazers estruturados, scarpins e botas over the knee são os seus itens de eleição, sempre numa paleta de cores que se pauta por tonalidades mais escuras, como o preto, o cinza e o azul escuro.
Inspire-se!




Isabel Marant: a mulher que a veste sem saber


A notícia não é recente. No início de Junho, no âmbito de mais uma das suas designer colaborations, foi anunciada a parceria da H&M com Isabel Marant. A coleção só chegará às lojas a 14 de novembro, mas o post de hoje é sobre a criadora francesa, que encantou o mundo com o seu estilo descontraído, que mais não é do que uma nova visão do chique parisiense.

Como uma vez li algures, Marant é a mulher que «sem que o saiba, a veste todas as manhãs». E sabe porquê? Porque mesmo que nunca tenha ouvido falar dela, certamente já vestiu algumas peças inspiradas nas suas criações. Senão vejamos: calças vermelhas, calças com detalhes em mood tribal, calças skinny acima do tornozelo, scarpins ou mesmo os sneakers de salto que na estação passada invadiram as prateleiras da Zara ou da Bershka. Já lhe diz alguma coisa? Não é apaixonante?

O facto de ser uma das designers mais clonadas, salvo seja, é apenas uma mostra do sucesso que tem feito no mundo da moda, chegando mesmo a tornar-se a preferida de editoras de moda, como Emmanuelle Alt, e celebrities, onde se contam os nomes de Sienna Miller e Kate Bosworth.

Segundo a própria, a explicação para tamanho êxito reside na sua preocupação em criar roupas que podem ser usadas no dia-a-dia e não apenas em ocasiões especiais, roupas com as quais as mulheres se sintam confortáveis, confiantes e bonitas, deixando sempre espaço para cada uma criar a sua própria personalidade e estilo.

E, numa indústria em que grande parte dos criadores são homens, Isabel, que nunca quis ser estilista até aos quinze anos, diferenciou-se por desenhar essencialmente para si, pautando-se sempre pela máxima do director da escola de moda que frequento (Studio Berçot de París): “Não queiras que outras pessoas vistam as peças que tu não vestirias”.

 







Crónicas do Alvim

« Esta coisa de gostar de alguém não é para todos e, por vezes – em mais casos do que se possa imaginar – existem pessoas que pura e simplesmente não conseguem gostar de ninguém. Esperem lá, não é que não queiram – querem! – mas quando gostam – e podem gostar muito – há sempre qualquer coisa que os impede. Ou porque a estrada está cortada para obras de pavimentação. Ou porque sofremos de diabetes e não podemos abusar dos açucares. Ou porque sim e não falamos mais nisto. Há muita gente que não pode comer crustáceos, verdade? E porquê? Não faço ideia, mas o médico diz que não podemos porque nascemos assim e nós, resignados, ao aproximar-se o empregado de mesa com meio quilo de gambas que faz favor, vamos dizendo: “Nem pensar, leve isso daqui que me irrita a pele”.
Ora, por vezes, o simples facto de gostarmos de alguém pode provocar-nos uma alergia semelhante. E nós, sabendo-o, mandamos para trás quando estávamos mortinhos por ir em frente. Não vamos.. E muitas das vezes, sabendo deste nosso problema, escolhemos para nós aquilo que sabemos que, invariavelmente, iremos recusar. Daí existirem aquelas pessoas que insistem em afirmar que só se apaixonam pelas pessoas erradas. Mentira. Pensar dessa forma é que é errado, porque o certo é perceber que se nós escolhemos aquela pessoa foi porque já sabíamos que não íamos a lado nenhum e que – aqui entre nós – é até um alívio não dar em nada porque ia ser uma chatice e estava-se mesmo a ver que ia dar nisto. E deu. Do mesmo modo que no final de 10 anos de relacionamento, ou cinco, ou três, há o hábito generalizado de dizermos que aquela pessoa com quem nós nos casámos já não é a mesma pessoa, quando por mais que nos custe, é igualzinha. O que mudou – e o professor Júlio Machado Vaz que se cuide – foram as expectativas que nós criamos em relação a ela. Impressionados?
Pois bem, se me permitem, vou arregaçar as mangas. O que é díficil – dizem – é saber quando gostam de nós. E, quando afirmam isto, bebo logo dois dry martinis para a tosse. Saber quando gostam de nós? Mas com mil raios, isso é o mais fácil porque quando se gosta de alguém não há desculpas nem “ ai que amanhã não dá porque tenho muito trabalho”, nem “ ai que hoje era bom mas tenho outra coisa combinada” nem “ ai que não vi a tua chamada não atendida”.
Quando se gosta de alguém – mas a sério, que é disto que falamos – não há nada mais importante do que essa outra pessoa. E sendo assim, não há sms que não se receba porque possivelmente não vimos, porque se calhar estava a passar num sítio sem rede, porque a minha amiga não me deu o recado, porque não percebi que querias estar comigo, porque recebi as flores mas pensava não serem para mim, porque não estava em casa quando tocaste.
Quando se gosta de alguém temos sempre rede, nunca falha a bateria, nunca nada nos impede de nos vermos e nem de nos encontrarmos no meio de uma multidão de gente. Quando se gosta de alguém não respondemos a uma mensagem só no final do dia, não temos acidentes de carro, nem nunca os nossos pais se sentiram mal a ponto de nos impossibilitarem o nosso encontro. Quando se gosta de alguém, ouvimos sempre o telefone, a campaínha da porta, lemos sempre a mensagem que nos deixaram no vidro embaciado do carro desse Inverno rigoroso. Quando se gosta de alguém – e estou a escrever para os que gostam - vamos para o local do acidente com a carta amigável, vamos ter com ela ao corredor do hospital ver como estão os pais, chamamos os bombeiros para abrirem a porta, mas nada, nada nos impede de estar juntos, porque nada nem ninguém é mais importante, do que nós. »

Fernando Alvim 
         

Depois de tanto estudo, tanto stress e tantos exames, cá estou eu. De férias!


O eterno ídolo

 
 
Nos primórdios do blog, rendeu-nos um dos posts mais prazeirosos que tive oportunidade de fazer. Hoje completaria 84 primaveras. Falo-vos de Audrey Hepburn, o meu eterno ídolo. Um ideal de beleza e de carácter, que cativou o mundo com a sua simplicidade e delicadeza.
 
Deixo-vos o seguinte texto, escrito por Irina Chitas, para a Vogue, uma vez que não encontro melhores palavras para descrever aquilo que Audrey foi e significou:
 
« Quem só associa Audrey Hepburn à beleza que toma pequeno-almoço em frente à Tiffany’s, tem mesmo de ler este artigo.
Com o lançamento de mais um livro sobre a sua vida – para juntar à coleção capaz de encher a Torre do Tombo –, soubemos que estava na altura de revisitar o estilo de uma das figuras mais brilhantes da nossa história: A Charmed Life, por Robyn Karney, é um conto real sobre a história de Hepburn, que contém também 177 imagens raramente vistas.
A nossa homenagem, no entanto, perde força perante a magnificência do ícone mais integralmente pleno de que há memória. Por uma vez, quando uma presença nos abala o coração de forma tão palpável, não lhe associamos a palavra “trágica” ou “problemática”, “decadente” ou “dependente”. Por uma vez, uma que seja, podemos chamar-lhe fiel: fiel ao talento, fiel ao estilo, fiel à humanidade, fiel à luta, fiel à nobreza de espírito, fiel à simplicidade, fiel ao estilo, fiel a Givenchy, fiel a si.
Nascida na Bélgica em 1929, a infância foi passada a fugir às invasões nazis. Assim, construiu-se a personagem real mais genuinamente pura que, nos anos 50, da Broadway para o ecrã cinzento, deleitou o mundo inteiro com um só sorriso. Contrastante com as bombshells da altura, a elegância de Hepburn distanciava-a de desejo para fascínio, com uma força disruptiva que abalava os alicerces estéticos da década. A classe dos designs de Hubert de Givenchy foram a base de um vestuário que se expandiu a imagem de marca, consagrando uma mulher nobre cuja beleza ultrapassava quaisquer cânones dogmáticos da sociedade. Arrebatadoramente simples, simplesmente perfeita, os traços aristocráticos do rosto feliz mantiveram-se até ao fim dos seus dias, em 1993, não sem antes espalharem a magia bondosa pelas causas da UNICEF, que tão acerrimamente tomava como sua.
E hoje, que a relembramos em meia dúzia de palavras, ainda nos vemos comovidos pela força da miúda franzina que dançava na Torre Eiffel e tocava “Moon River” no parapeito de uma janela, como se o amanhã fosse só um pormenor, e o hoje, a plenitude do ser. »
 
 
 


Inspiração do dia (em coral!)



Enquanto estava à procura de imagens do desfile da colecção Primavera/Verão da Gucci, deparei-me com esta fotografia do backstage e fiquei uns largos segundos a olhar para ela. Os colares em coral chamaram-me de imediato a atenção, não só pelas suas grandes proporções, mas também pela cor que tanto gosto. Por ser tão elegante, achei que merecia um lugarzinho de destaque aqui na Inspiração do dia

Espero que também vos inspire